Breve nota sobre um importante debate jornalístico na América do Sul

J f, 2008

Um amigo comunista (por que o espanto? Sim, eles ainda existem – tanto os comunistas quanto os amigos. É vero que esta última raça passa por um processo de extinção muito mais drástico do que a primeira, o que é uma pena. Mas, deixemos de sentimentalismo, fechemos logo este intrometido parágrafo e voltemos à história).

O que ia contar era que um amigo comunista voltou recentemente da Venezuela com uma idéia fixa. A bem da verdade, ele só tem idéias fixas. A da vez é a de que a imprensa daquele país é muito mais insana do que a nossa.  Óbvio que duvidei. E discordei. E discutimos per secula seculorum…

Debates interessantíssimos, que só não transcrevo aqui porque até mesmo meu sadismo tem um limite. Conto apenas que tão importante peleja jornalística caminhava inexoravelmente para o empate quando o meu amigo deu um tiro fatal: sacou do coldre uma breve notícia publicada em 2004 pelo jornal venezuelano Últimas Notícias. Li apenas a manchete. Não tive coragem de ler o texto, até porque já estava convencido de que, realmente, tanto a imprensa quanto os outros ladrões de lá são muito mais estranhos do que os daqui.

Confiram neste LINQUE, Ó

Análise abalizada sobre Os Sertões

J f, 2007

Antes de tudo, é imperioso reafirmar o velho clichê: para encarar Os Sertões o cabra tem que ser um forte. Além disso, é necessário muito esforço e concentração, principalmente se se pretende degustá-lo de uma só vez, como era o meu caso. Alguns amigos até me aconselhavam a ir apreciando aos poucos. Mas, honrando minha teimosa e sertaneja ascendência, prosseguia com a idéia fixa : teria que ser de uma só vez – ou nada, mesmo sabendo que podia ficar tonto na árdua labuta.

Outro problema é que apenas o nome Os Sertões já me intimidava. Havia uma secular e ancestral opressão. Sempre que passava perto do referido, não conseguia encará-lo – e desviava o olhar tal e qual uma mulher-dama que acaba de cometer um pecado. E, assim, adiava a peleja – coisa incomum a este bravo locutor acostumado a empreitadas muito mais indigestas.

Porém, o drama acabou neste fim de semana. Tomei coragem e decidi que não podia mais ficar comentando sobre o tema se não mergulhasse profundamente nele. E assim o fiz. É vero que não consegui chegar até o final, mas quase, conforme vocês podem conferir clicando AQUI.